Proteja seu filho! Acompanhe o calendário de vacinação infantil

Tempo de leitura 6 min

O nascimento de um bebê na família traz consigo diversas novidades e preocupações para os pais, principalmente para os de primeira viagem. É preciso estar atento aos diversos cuidados diferenciados que o bebê precisa, como: amamentação, higiene, sono, conforto, desenvolvimento e prevenção de doenças.

Um dos cuidados mais importantes durante esse período e ao longo da infância é a vacinação, que tem o objetivo de proteger a criança de algumas doenças contagiosas. Os pais precisam ficar atentos ao calendário para não perderem as datas de cada vacina.

Acompanhe o texto de hoje para conhecer o calendário de vacinação infantil!

Ao nascer

A vacinação começa praticamente junto com o nascimento do bebê. A primeira vacina que o bebê recebe é a da hepatite B, que é feita ainda no hospital e deve ser administrada o mais precocemente possível — de preferência nas primeiras 12 horas de vida. Caso ela não seja feita no hospital por algum motivo, o bebê pode recebê-la na primeira visita ao centro de saúde (até 30 dias de vida).

A vacina previne a infecção pelo vírus da hepatite B, que ataca o fígado, e é feita por via intramuscular. Outras doses dela são realizadas aos 2, 4 e 6 meses, como veremos adiante.

A outra vacina feita ao nascer é a BCG (bacilo Calmette e Guérin), que previne contra as formas graves de tuberculose. É feita em dose única por via intradérmica (camada entre a derme e o tecido de gordura), também, de preferência, nas primeiras 12 horas de vida.

A vacina BCG é aquela que, na hora da aplicação, deixa uma bolhinha no lugar, que evolui para uma pequena ferida e depois se transforma na cicatriz que todos temos no braço direito.

Aos 2 meses

Aos 2 meses, os pais devem levar o bebê ao centro de saúde ou a uma clínica de vacinas, para continuar o esquema de vacinação. Nessa visita, o bebê toma a primeira dose de quatro vacinas: pentavalente, VIP, pneumocócica 10V e rotavírus humano.

A vacina pentavalente tem esse nome porque previne contra cinco doenças:

  • Difteria — doença infecciosa que provoca inflamação na garganta;
  • Tétano — doença causada por bactéria que penetra na pele por ferimentos e afeta o sistema nervoso;
  • Pertussis/coqueluche — doença infecciosa que compromete o aparelho respiratório;
  • Hepatite B — doença causada por vírus que afeta o fígado;
  • Haemophilus influenzae b — tipo de gripe mais grave.

Todos os compostos relacionados às cinco doenças são reunidos em uma só vacina, que é feita por via intramuscular.

A VIP é a vacina injetável contra a poliomielite, doença que causa a paralisia infantil. A vacina protege contra três tipos de vírus da poliomielite e é feita por via intramuscular.

A vacina pneumocócica conjugada 10 valente é a que previne contra diferentes infecções invasivas (meningite, pneumonia, bacteremia, sepse) e a otite média aguda, causadas por 10 sorotipos da bactéria Streptococus pneumonia. Também é feita por via intramuscular.

A quarta vacina dos 2 meses é a rotavírus humana, também conhecida como VORH. Ela previne as gastroenterites (infecções do sistema gastrointestinal) causadas pelo rotavírus. É administrada por via oral, com gotinhas.

Aos 3 meses

A família deve retornar com o bebê para o centro de saúde aos 3 meses, para que ele tome a primeira dose da vacina meningocócica C, a única feita nessa idade.

Essa vacina tem o objetivo de proteger contra a doença sistêmica causada pela Neisseria meinigitidis, que é uma bactéria gram-negativa que causa doenças, como a meningite, e outras infecções. É também administrada pela via intramuscular.

Aos 4 meses

Aos 4 meses, o bebê deve submeter-se às segundas doses das vacinas que foram tomadas aos 2 meses. Assim, ele recebe as vacinas pentavalente, VIP, pneumocócica 10V e rotavírus humano.

Lembre-se de que, a cada ida ao centro de saúde ou à clínica de vacinação, o profissional de saúde responsável deve anotar no calendário de vacinação infantil a data da próxima dose da vacina, o que ajuda os pais a se organizarem.

Aos 5 meses

No período dos 5 meses, é o momento da segunda dose da vacina meningocócica C.

Aos 6 meses

Aos 6 meses, devem ser feitas duas vacinas: as terceiras doses da pentavalente e da VIP.

Aos 9 meses

A vacina da febre amarela é indicada para ser tomada aos 9 meses e a única para essa idade. O esquema atual é de apenas uma dose aos 9 meses para as crianças residentes em áreas com recomendação (lista disponível no site do Ministério da Saúde). A vacina é feita por via subcutânea (camada de gordura abaixo da pele).

A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquito, que pode causar febre, cansaço, dor muscular, sangramentos, náuseas e vômitos.

Aos 12 meses

Aos 12 meses, a criança recebe três vacinas: reforço da pneumocócica 10 valente, reforço da meningocócica C e primeira dose da vacina tríplice viral.

A tríplice viral protege contra três doenças causadas por vírus: sarampo (febre, inflamação das mucosas do trato respiratório, erupção maculopapular); caxumba (inchaço doloroso nas glândulas da garganta); e rubéola (febre e manchas vermelhas na pele). A vacina é administrada por via subcutânea.

Aos 15 meses

No bebê de 15 meses, devem ser ministradas as seguintes vacinas.

  • Primeiro reforço da pentavalente: esse reforço é feito com a vacina DTP, que previne apenas contra três doenças (difteria, tétano e coqueluche), e não cinco.
  • Primeiro reforço da vacina contra poliomielite: o reforço é feito com a VOP, que é a vacinal oral contra pólio.
  • Hepatite A: dose única da vacina que previne contra o vírus da hepatite A, feita pela via intramuscular.
  • Tetraviral: é a vacina tríplice viral combinada com a vacina contra a varicela (catapora).

Aos 4 anos

Aos 4 anos, devem acontecer os segundos reforços das vacinas DTP e VOP. Além deles, a criaça recebe, também, a primeira e única dose de varicela, se não tiver se submetido à tetraviral aos 15 meses.

Aos 9 anos

Com 9 anos de idade, começa o esquema da vacina HPV para as meninas, que protege contra quatro tipos do vírus HPV, causador de verrugas na área genital e câncer de colo de útero. A primeira dose deve ser tomada entre 9 e 14 anos para as meninas, e entre 11 e 14 anos para os meninos. A segunda dose é feita 6 meses após a primeira.

Aos 10 anos, a criança deve ser levada ao centro de saúde, para a verificação da caderneta de vacinação e identificação das necessidades vacinais.

Trouxemos no texto de hoje o calendário de vacinação infantil nacional, feito pelo Ministério da Saúde, com todas as vacinas disponíveis gratuitamente na rede de saúde pública, mas que também podem ser encontradas em clínicas de vacina particulares.

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