O que é o câncer de mama, quais os sinais e como tratar?
Em todo o mundo, o câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, com mais de 1,38 milhão de casos todos os anos. No Brasil, fica atrás apenas do câncer de pele comum, respondendo por cerca de 25% das novas ocorrências. Por isso, existe uma grande preocupação em torno dessa doença, que pode levar a morte ou mesmo a outros tumores.
De qualquer forma, é importante destacar que existe tratamento e cura para o câncer de mama, principalmente nos estágios iniciais, em que as taxas de sucesso são maiores. No entanto, a remissão depende de um diagnóstico precoce, seguido por terapias intensivas.
Por sinal, um dos principais problemas em torno desse tipo de doença é mesmo a falta de conscientização. Muitas pessoas não fazem exames preventivos e descobrem a doença muito tarde, dificultando o tratamento, por pura falta de informação.
Assim, neste post separamos as principais informações sobre o câncer de mama. Continue a leitura e descubra o que é a doença, como é feito o diagnóstico e o tratamento. Confira!
O que é o câncer de mama?
Trata-se de um tipo de tumor maligno que ocorre nas mamas em decorrência de alterações genéticas. As células mamárias passam a se multiplicar de maneira descontrolada, ficando com tamanho e quantidades anormais, tanto no ducto quanto nos glóbulos mamários.
É formado um nódulo endurecido, geralmente indolor, na região das mamas. Ele pode ser confundido com outros tipos de nódulos que surgem na mama, daí a necessidade de se fazer exames preventivos com frequência.
Ao contrário do que muitos pensam, não é exclusivo das mulheres, ainda que seja bem mais frequente nelas. Apenas 1% dos casos acontecem nos homens, no entanto, por ser algo raro, o diagnóstico costuma ser tardio.
Quais os principais tipos?
O câncer de mama pode ser subdividido de acordo com suas características histológicas. Esse é o principal fator determinante para a linha de tratamento e até a evolução da doença. Veja os principais a seguir.
Carcinoma ductal in situ
Esse tipo de câncer de mama atinge os ductos mamários, por onde passa o leite, podendo ocorrer em mais de um ponto (multifocal). É o mais comum entre os não invasivos e também o mais simples, não invadindo as mamas ou outras áreas do corpo. Porém, pode se transformar em invasor depois de um tempo.
Carcinoma ductal invasivo
Corresponde à maioria dos cânceres de mama invasivos (65% a 85%). Afeta os ductos mamários, mas pode se espalhar outros tecidos ao redor e até chegar a outros órgãos por meio do sistema linfático. É caracterizado pela presença de receptores hormonais nas células.
Carcinoma lobular in situ
Surge nos lóbulos mamários, não invadindo outros tecidos ao redor. Pode aparecer em diferentes focos da mama e representa cerca de 2 a 6% dos casos da doença.
Carcinoma lobular invasivo
É o segundo tipo mais frequente, contendo receptores de estrógeno e progesterona nas células. Pode crescer no lóbulo e se espalhar para outros órgãos rapidamente, podendo, inclusive, afetar as duas mamas.
Carcinoma inflamatório
É a forma mais agressiva de câncer de mama, mas a mais rara. Costuma ser maior, se espalhando por toda a mama, inclusive pelas glândulas produtoras de leite. Também é o que tem mais chances de migrar para outras partes do corpo.
Como funciona o estadiamento?
Além da divisão em tipos, o câncer de mama também pode ser dividido em estágios ou estádios, de acordo com a gravidade e a extensão da doença. São eles:
- estágio 0: bastante curável, visto que as células cancerosas se encontram apenas nos ductos mamários;
- estágio 1: ainda é um tumor pequeno, de menos de 2 cm;
- estágio 2: os linfonodos podem ser atingidos;
- estágio 3: já é um nódulo de mais de 5 cm de diâmetro, que ultrapassa os limites próximos aos ductos, chegando a outros tecidos da pele, do músculo e das glândulas linfáticas;
- estágio 4: qualquer tamanho de tumor que tenha chegado à metástase, ou seja, quando atinja outras partes do corpo.
Quais são os fatores de risco?
Existem diversos fatores de risco que podem determinar a ocorrência de câncer de mama. Um deles é a idade, na qual mulheres de 40 a 69 anos são mais afetadas, devido a uma maior exposição ao estrógeno, que estimula a multiplicação das células mamárias.
Da mesma maneira, a menstruação precoce e a menopausa tardia também influenciam, uma vez que ocorre uma alteração muito brusca na quantidade de estrógeno. No caso da menopausa, até a reposição hormonal usada para reduzir os sintomas pode aumentar as chances de câncer de mama.
Também podem ser considerados fatores de risco problemas relacionados aos hábitos de vida, como colesterol alto e obesidade, visto que essas pessoas produzem mais estrógeno. Esse hormônio é gerado a partir de gorduras como o próprio colesterol.
Porém, o fator de risco mais relevante é mesmo a propensão genética. É preciso avaliar o histórico familiar, que pode indicar uma chance maior de ter câncer de mama. Ele é mais comum, por exemplo, quando dois ou mais parentes de primeiro grau (o pai e a mãe) tiveram a doença. A ocorrência de outros tipos de câncer na família também é um agravante.
Quais são os sintomas?
Os sintomas do câncer de mama podem variar de acordo com o estágio. Nos iniciais, ele pode ser assintomático e indolor. Se puder ser percebido pelo toque das mãos, quer dizer que já é maior, podendo apresentar outros sinais. Os mais comuns são:
- presença de nódulos na axila;
- pele enrugada no local;
- dor, inchaço e vermelhidão;
- liberação de uma secreção escura;
- alteração do formato da mama e dos mamilos;
- ferida aberta, em estágios avançados.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico começa pela própria paciente. É fundamental realizar o exame de toque das mamas com frequência para detectar a presença de nódulos, principalmente, depois dos 40 anos. Também deve-se fazer exames preventivos todos os anos, como mamografia e ultrassom, segundo recomendações de um ginecologista.
Caso exista algum indício, é feito um exame de imagem, como a tomografia, ressonância magnética ou a própria mamografia. Confirmada a presença do nódulo, o médico pode pedir uma biópsia, que vai confirmar se a amostra de tecido retirada contém células cancerosas.
E como é o tratamento?
O tratamento mais comum para o câncer de mama é a retirada total ou parcial do seio afetado. Também pode ser recomendadas a quimioterapia e a radioterapia, bem como terapias com hormônios e medicamentos. Tudo vai depender do estágio e do tipo da doença, além da ocorrência de metástase e o estado físico do paciente.
Depois de realizado o tratamento, é necessário fazer um acompanhamento médico regular nos 5 anos seguintes. Isso é importante para evitar a recidiva, ou seja, o retorno do câncer de mama ou a metástase.
O tratamento do câncer de mama envolve, ainda, o cuidado relativo aos efeitos colaterais das terapias, que costumam debilitar o paciente. Por isso, é comum que outros profissionais atuem na recuperação em conjunto, como fisioterapeutas, nutricionistas entre outros.
Por fim, é fundamental destacar a importância do acompanhamento de um psicólogo, uma vez que o tratamento do câncer de mama pode ser bastante traumático. Afinal, o paciente fica bem debilitado, com queda de cabelo, unhas enfraquecidas, perda de peso, além da própria retirada da mama.
Portanto, é importante realizar os exames preventivos regularmente e manter uma rotina de vida saudável. Mesmo que o câncer de mama tenha cura na maior parte das vezes, é bem melhor evitar a doença e tratá-la o quanto antes.
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