Gastrite nervosa: descubra causa, sintomas e tratamento

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Apesar das facilidades do século 21, no Brasil e em vários outros países, cada vez mais pessoas sentem o desconforto da gastrite, um mal moderno relacionado à rotina atribulada e à má alimentação. Para evitar esse mal, é fundamental estar atento ao próprio corpo e cuidar da saúde, a fim de se prevenir de problemas mais graves.

Nesse contexto, é importante se informar. A gastrite clássica é caracterizada pela inflamação da mucosa do estômago. Já a gastrite nervosa, embora tenha sintomas semelhantes, não tem origem inflamatória. Neste artigo, explicaremos o que é esse problema, qual a sua causa e como é possível reconhecê-lo e tratá-lo. Confira!

O que é gastrite nervosa?

Também conhecida como dispepsia funcional, a gastrite nervosa é caracterizada por dor, queimação e acidez no estômago. Ao contrário a gastrite clássica, esse tipo de doença não provoca uma inflamação, sendo assim, não há risco de complicações para o aparelho digestivo como úlceras ou câncer.

Para proteger o sistema, o organismo tem várias células nervosas, e quando sente uma ameaça, como mudanças emocionais muito intensas, libera reações indesejadas e desconfortáveis em diversas partes do corpo, incluindo o estômago. Apesar de não causar graves danos, a gastrite nervosa também precisa de tratamento para que não volte a se manifestar, interferindo na qualidade de vida do paciente.

Qual é a causa da gastrite nervosa?

A gastrite clássica ocorre devido a um processo inflamatório no estômago, que pode ter duas causas. A primeira e mais comum é a bactéria chamada de Helicobacter pylori, que penetra na parede do estômago e é transmitida entre as pessoas ou por meio de água e alimentos contaminados.

Já a segunda causa tem origem no uso abusivo de algumas substâncias, como anti-inflamatórios não esteroides, drogas e álcool. Por fim, há uma causa rara, chamada de gastrite autoimune. Nesse caso, o organismo produz anticorpos que atacam a mucosa do estômago, causando inflamação.

A gastrite nervosa apresenta os mesmos sintomas da gastrite clássica, mas não há inflamação. Dessa forma, apesar de receber popularmente o nome de gastrite, ela não pode ser caracterizada como tal. A doença surge devido a questões emocionais, como o estresse, nervosismo, pressão em determinadas situações, ansiedade e outras doenças psicológicas.

Quais são os sintomas da gastrite nervosa?

Embora as duas doenças não sejam iguais e tenham diferentes causas, os sintomas da gastrite nervosa são semelhantes ao da gastrite clássica, sendo:

  • azia;
  • queimação;
  • sensação de estômago cheio;
  • dor no estômago;
  • barriga dolorida ou inchada;
  • perda de apetite;
  • náuseas e vômitos;
  • dor de cabeça;
  • mal-estar geral;
  • digestão lenta;
  • arrotos e gases muito frequentes.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da gastrite nervosa é feito por um médico especialista, geralmente um gastroenterologista. Durante a consulta, são analisados os sintomas e histórico de saúde do paciente. Para determinar a presença da doença e qual o tipo de gastrite, o médico pode solicitar dois exames:

Endoscopia digestiva

Esse exame é caracterizado pelo inserção de um tubo fino com uma câmera na ponta pela boca até o estômago do paciente. A partir disso, são observadas as partes internas do corpo.

Para fazer a análise, o paciente, que deve estar em jejum por 8 horas, recebe uma sedação leve na hora do procedimento. O exame demora de 10 a 30 minuto e é colocado um suporte na boca para que ela não se feche durante o exame.

Biópsia de tecidos do estômago

Durante a endoscopia digestiva o médico pode colher uma parte do tecido do estômago para fazer uma análise do material. Esse procedimento recebe o nome de biópsia e pode adicionar cerca de 10 minutos ao tempo do exame. Ele é mais usado para identificar câncer e tumores.

Se, após os exames, o estômago do paciente não apresentar nenhum quadro infeccioso e os sintomas persistirem, é feito o diagnóstico de gastrite nervosa.

Como é feito o tratamento?

Embora a chamada “gastrite” nervosa não esteja relacionada à inflamação da parede do estômago, existem alguns tratamentos para melhorar a qualidade de vida de quem tem o problema. Em primeiro lugar, é fundamental identificar qual é a causa dos sintomas.

Como o estresse e a ansiedade são causas muito comuns, é fundamental que a pessoa aprenda a lidar com esses sentimentos para que o corpo não sofra. Nesse contexto, é bastante interessante procurar ajuda de um psiquiatra, que pode prescrever medicações, e de um psicólogo, que ajudará a pessoa no processo de autoconhecimento.

Outras medidas importantes estão relacionadas à alimentação e a prática de exercícios físicos, ou seja, mudanças no estilo de vida. Isso porque existem certos tipos de alimentos que são capazes de piorar os sintomas da gastrite, como café, refrigerantes, frituras e outros. Já a atividade física é benéfica, pois ajuda o corpo a relaxar e a produzir hormônios que causam a sensação de bem-estar.

Em alguns casos, o médico também pode prescrever antiácidos, remédios que diminuem a acidez do estômago, diminuindo os sintomas gastrointestinais. É importante ressaltar que qualquer medicação só deve ser usada se for prescrita por um médico.

Como prevenir a gastrite nervosa?

Como deu para perceber, a gastrite nervosa não é causada por inflamações no estômago e, sim, por gatilhos internos e externos que podem afetar o organismo. Por isso, o melhor tratamento para esse problema é a prevenção.

O primeiro passo é cuidar da alimentação. Como mencionado, a ingestão excessiva de alguns tipos de alimentos pode provocar a gastrite nervosa e, muitas vezes, piorar o problema. O ideal é manter uma dieta balanceada com frutas, verduras, vegetais, oleaginosas e carnes, evitando processados, embutidos, frituras, bebidas gaseificadas e cafeína.

O segundo ponto é cuidar dos lado emocional e psicológico. Para isso, o ideal é procurar atividades que ajudem a aliviar o estresse e ansiedade como meditação e exercícios físicos. Procurar sempre fazer atividades que proporcionem a sensação de prazer pode ajudar a amenizar o problema. Tomar bebidas calmantes, como chás, também pode ajudar.

Caso tenha os sintomas da gastrite nervosa, o recomendado é procurar um gastroenterologista para que possa ser feito um diagnóstico e, posteriormente, o melhor tratamento para cada situação.

Pessoas com gastrite nervosa devem fazer acompanhamento médico ao longo da vida, visto que esse é um problema recorrente. Assim, mesmo que ele seja tratado hoje, pode ocorrer novamente quando o indivíduo passar por questões emocionais.

Entendeu a importância de reconhecer o estresse e outras alterações emocionais? Então, aproveite e entre em contato conosco para que possamos ajudar a encontrar a melhor solução para você.

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1 Comentário

    Gostei de está em fomada

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