Entenda o que é síndrome de burnout e como tratar esse problema

Em um dia a dia cada vez mais cheio de estímulos, tarefas, pressões e imposições, tornou-se bastante comum ter a companhia do estresse. Em doses baixas, o estresse é um sentimento fisiológico, visto que prepara o corpo para ter reações a determinadas situações.

O problema é que devido a essas vivências de forma recorrente, o estresse se torna crônico. Isso significa que os sintomas desagradáveis que ele causa, como esquecimento, dificuldades para dormir, irritabilidade, ansiedade e tristeza, por exemplo, tornam-se constantes.

Além disso, o estresse pode desencadear algumas doenças, como a síndrome de burnout, que está intimamente relacionada as condições de trabalho. Dessa forma, o seu aparecimento é cada vez mais comum.

Entenda, neste post, o que é a síndrome de burnout, quais são os seus principais sintomas e causas e qual é o tratamento indicado. Confira!

O que é e o que causa a síndrome de burnout?

Como falado, estresse em doses baixas é uma necessidade do ser humano. A doença acontece quando o estresse vem em uma carga excessiva e se torna crônico, acometendo o indivíduo diariamente. É por esse motivo que a síndrome recebeu o nome de “burnout”, que em tradução do inglês significa “queimar até o fim”. Isso significa que há um esgotamento, tanto físico quanto mental.

O ambiente de trabalho é um dos fatores que propiciam o desenvolvimento da síndrome de burnout. Isso porque existem algumas profissões que exigem bastante do profissional, seja fisicamente ou psicologicamente, e podem desgastá-lo a ponto de desenvolver a doença. Ela é prevalente em profissionais da área de saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos, visto que essas pessoas trabalham com grandes jornadas de trabalho e estão em contato com indivíduos em sofrimento.

Agentes penitenciários, bombeiros e policiais também sofrem com uma grande carga de estresse em seu dia a dia, devido à responsabilidade de suas ações perante a sociedade. Além disso, esses serviços também podem ter longas jornadas de trabalho. Indivíduos que tem dupla jornada de trabalho, sejam dois empregos ou um emprego e cuidados com a casa, estão mais propensos a desenvolver a síndrome de burnout.

Por fim, existem empresas que exigem muito de seus funcionários. Isso pode acontecer quando estabelece-se metas irreais e cobra-se demasiadamente pelo seu alcance, por exemplo. Nesse cenário, a pessoa acredita que jamais conseguirá atender as expectativas ou que não é boa o suficiente para o seu cargo.

Essas situações são responsáveis pelo desconforto no ambiente de trabalho, assim como desgaste, frustração e o estresse, levando a síndrome de burnout.

Quais são os sintomas que caracterizam essa doença?

Os sintomas da síndrome de burnout estão relacionados ao esgotamento físico e mental devido as condições inadequadas de trabalho. Um dos principais sinais é a exaustão, que está relacionado ao corpo e ao psicológico. A pessoa sente-se extremamente cansada o tempo todo, fica com o pensamento lento e dificuldade de raciocinar.

O desanimo e a falta de motivação para realizar as atividades ficam acentuados. Além disso, há ansiedade, dificuldade de sentir prazer, falta de criatividade, alterações do sono (insônia ou dormir exageradamente), irritabilidade, preocupação excessiva, dificuldade de relacionamento pessoal, sentimento de incapacidade ou inferioridade em relação ao cargo ou aos outros colegas, tristeza e dor de cabeça.

Quando o quadro não é tratado, a síndrome de burnout pode evoluir de maneira grave. A depressão, por exemplo, pode surgir após essa doença, e incapacitar o indivíduo completamente. Doenças físicas, como problemas gastrointestinais, enxaqueca e hipertensão arterial também podem surgir na evolução.

Em muitos casos, o alívio da angústia sentida pela pessoa é feito com cigarros, álcool e outras drogas, que incluem remédios e outras substâncias proibidas. Dessa forma, é comum que pacientes com a síndrome de burnout agravem o quadro devido ao vício adquirido.

Como é feito o diagnóstico?

Como visto, a síndrome de burnout torna a qualidade de vida do indivíduo péssima. É importante salientar que os sintomas não ocorrem somente no ambiente de trabalho, mas também em casa e em outros meios sociais que a pessoa convive. Dessa forma, há um prejuízo global.

Outro fato a ser pontuado é que a síndrome pode evoluir para formas realmente graves, com surtos psicóticos e até tentativa de suicídio. É por esse motivo que, ao notar os sintomas, deve-se procurar ajuda. Apesar de ser potencialmente perigosa, a síndrome de burnout é muitas vezes negligenciadas. Afinal, pessoas que convivem com o estresse diariamente podem facilmente confundi-la com um quadro de cansaço que está demorando a passar.

Muitas vezes os sintomas são notados por alguém de fora, como familiares, amigos ou colegas de trabalho. É importante que essas pessoas estimulem quem está sofrendo a procurar ajuda médica, visto que somente assim será sugestionado tratamento efetivo. O diagnóstico é simples, sendo basicamente clínico, ou seja, feito com base nas informações dadas pelo paciente e seu acompanhante durante a conversa com o médico.

Como é o tratamento da síndrome de burnout?

O trabalho é a causa da síndrome. Assim, no início é recomendado que o profissional fique afastado de suas funções para se recuperar. Esse tempo será determinado pelo médico e pode variar conforme o estado da pessoa e o cargo exercido.

O tratamento é feito com psicoterapia e medicações. A terapia é muito útil para aprender a lidar com os sentimentos, como a frustração, a inferioridade e o nervosismo, por exemplo. Já os remédios combatem os sintomas como falta de ânimo, ansiedade e cansaço. Nesse caso, é comum usar medicamentos antidepressivos e ansiolíticos.

Por fim, é fundamental que o indivíduo faça mudanças em seu ambiente de trabalho para evitar uma recorrência da síndrome. Além disso, deve-se investir em atividades prazerosas, como ter mais tempo de lazer, se dedicar a um hobbie e realizar atividades físicas.

Há uma forma de prevenir-se contra essa doença?

Sem dúvidas, pessoas que realizam acompanhamento médico previnem-se de várias doenças. Afinal, o profissional da área de saúde é treinado para identificar os sintomas e pode diagnosticar a síndrome facilmente em uma consulta de rotina.

Sendo assim, um acompanhamento médico adequado é a forma de prevenir esse problema e evitar consequências mais profundas. Além disso, como falado no tratamento, nunca deve-se deixar de lado atividades prazerosas e dedicar-se somente o trabalho.

Ter atividades de lazer, tempo com a família e amigos, dormir bem e em número de horas satisfatórias, se alimentar de forma saudável e fazer terapia também são formas de fazer a prevenção da síndrome de burnout.

E então, entendeu o que é a síndrome de burnout? Ao identificar esses sintomas não deixe de procurar atendimento médico. O tratamento é simples e bastante efetivo, restaurando a qualidade de vida das pessoas.

Como falado, ir rotineiramente ao médico é capaz de prevenir várias doenças. Mas será que também é possível prevenir o acontecimento de um AVC, popularmente chamado de derrame? Saiba aqui!