Conheça os sintomas e tratamento para a endometriose!
A endometriose é uma doença muito comum que afeta milhares de mulheres todos os anos. Ela acontece quando o endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero e que causa o sangramento durante a menstruação, cresce fora do órgão. Nesse caso, o endométrio se desenvolve em outras partes do corpo da mulher, causando inflamação e dores intensas.
Além de todo o desconforto e a dor, a endometriose também pode causar outros problemas que chegam a afetar, até mesmo, a fertilidade da mulher. A boa notícia é que essa doença pode ser tratada e as cólicas podem ser controladas.
Se você tem endometriose e quer saber mais sobre sintomas, diagnóstico e tratamento da doença, continue a leitura!
Como acontece a endometriose?
Como já mencionado, o endométrio é o tecido que reveste internamente o útero. Todo mês, ele fica mais espesso para receber o óvulo fecundado. Quando a mulher não está grávida, esse tecido se descama e a menstruação acontece.
A medicina ainda não sabe dizer, com certeza, qual é a causa dessa doença. Alguns acham que o seu surgimento está relacionado a fatores genéticos. Apenas se sabe que o estrogênio, hormônio produzido pelos ovários, é um dos responsáveis, pois ele estimula o crescimento do endométrio.
É mais comum que a doença se desenvolva na cavidade pélvica, afetando órgãos como ovários, intestino e bexiga. Porém, vale lembrar que também existem casos em que a endometriose afeta órgãos distantes do útero, como o pulmão. Essa não é uma doença que se espalha como o câncer. Portanto, a presença do tecido em outros órgãos não significa que o caso esteja se agravando.
A endometriose surge com mais frequência em mulheres jovens que estão em sua fase reprodutiva. Embora a maioria das mulheres seja diagnosticada com a endometriose entre 25 e 35 anos, acredita-se que a doença comece logo após a primeira menstruação das pacientes.
O que uma pessoa com endometriose sente?
O principal sintoma da endometriose é a dor pélvica. As mulheres demoram a perceber que sofrem da doença porque associam a dor intensa às cólicas menstruais, comuns durante o período. No entanto, as dores causadas pela endometriose são muito mais intensas e têm duração maior.
Confira outros sintomas:
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cólicas intensas antes da menstruação;
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dor durante as relações sexuais;
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sangramento menstrual intenso ou irregular;
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prisão de vente, diarreia ou dor ao evacuar;
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dor ao urinar ou presença de sangue na urina durante a menstruação;
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dificuldade para engravidar ou infertilidade.
Algumas mulheres são tão afetadas pelos sintomas que não conseguem fazer nada durante a menstruação. Outras mal percebem os indícios. Cada organismo reage à doença de uma forma. Também vale ressaltar que nem todas as mulheres com endometriose estão fadadas à infertilidade — mas, infelizmente, isso ocorre em parte significativa dos casos.
Como diagnosticar a endometriose?
O primeiro passo é o autodiagnóstico. A paciente precisa desconfiar que as suas dores não são simples cólicas menstruais e procurar um ginecologista. Para detectar a doença, o médico precisa analisar uma série de exames. No geral, existem três exames essenciais para o diagnóstico.
Exame de toque retal e vaginal
Nesse exame, o médico investiga a região pélvica da paciente por meio do toque, procurando por qualquer anormalidade — como massas ou nódulos — nos órgãos reprodutores, intestinais e nas vias urinárias.
Ultrassom
A ultrassonografia é um exame importantíssimo para o diagnóstico da endometriose. O médico analisa as imagens da região pélvica da mulher para conferir se há a presença de cistos em algum órgão. O ultrassom com preparo intestinal ajuda no diagnóstico de focos mais profundos da doença.
Ressonância magnética
A ressonância é um exame que pode detectar cistos causados pela endometriose em órgãos mais afastados do útero. Por isso, ele é muito importante para o diagnóstico da doença.
Laparoscopia
A laparoscopia é um exame invasivo e, por isso, tem sido cada vez menos usado — principalmente depois dos avanços dos exames de imagem. O médico faz uma pequena abertura no abdômen da paciente e, com a ajuda de um laparoscópio, avalia a cavidade pélvica à procura de pontos de endometriose. Uma vez encontrados os cistos, o médico os remove e envia para a análise de laboratório.
Quais são os tratamentos para endometriose?
Existem dois tipos de tratamento: o medicamentoso e a cirurgia. O tratamento medicamentoso é indicado na maioria dos casos e também deve ser uma opção para a doença não voltar após a cirurgia. Em geral, os medicamentos usados no tratamento são os hormônios anticoncepcionais e analgésicos para amenizar as dores da cólica.
A cirurgia é indicada para casos mais avançados ou para quando os medicamentos não conseguem resolver o problema da paciente. A cirurgia consiste em eliminar o foco da doença e as complicações que ela traz, como os cistos.
Vale lembrar que não existe cura definitiva para a endometriose. Os tratamentos servem para aliviar os desconfortos da mulher e aumentar a possibilidade de gravidez.
Qual a relação entre endometriose e infertilidade?
A endometriose é a principal causa da infertilidade feminina. Porém, está relacionada ao diagnóstico tardio da doença. Isso porque ela acomete as trompas uterinas, que conduzem o óvulo ao útero. O processo inflamatório crônico da endometriose causa a obstrução das trompas e isso dificulta, ou até mesmo impede, o transporte de óvulos até o útero.
A boa notícia é que, embora as chances sejam grandes, nem todas as mulheres com a doença ficam inférteis. Em alguns casos, a condição apenas diminui as chances de gestação.
Se você se identificou com as situações descritas nesse texto, procure o seu ginecologista imediatamente. Quanto antes a doença for diagnosticada, mais cedo você poderá começar o tratamento. E não se preocupe, a endometriose é uma das questões mais estudadas pelos ginecologistas. Portanto, o seu médico saberá qual é a melhor forma de lidar com o seu caso.
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