Câncer de pele: o que você precisa saber?
O câncer de pele é um dos mais comuns no Brasil. Hoje, 33% dos diagnósticos da doença se enquadram nessa categoria, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Com alguns cuidados no dia a dia, entretanto, é possível minimizar as chances de desenvolvê-lo.
Estima-se que ao final do biênio de 2018-2019 haverá cerca de 165 mil novos casos de câncer não melanoma no Brasil, segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Apesar dos números altos, assim como o câncer de mama e o câncer de próstata, quanto mais cedo for descoberto, maiores são as chances de seu tratamento ser bem-sucedido.
Para saber mais a respeito do câncer de pele e entender quais medidas você pode tomar em sua rotina para se prevenir, continue a ler nossa publicação a seguir:
Quais são os tipos de câncer de pele
Esse câncer se caracteriza por feridas na pele e pode ser classificado de duas formas: carcinomas, sendo eles basocelular ou espinocelular, e melanoma, tido como o tipo mais agressivo e raro.
Carcinomas
O carcinoma basocelular, também representado pela sigla CBC, apresenta baixa letalidade e costuma surgir em regiões do corpo que se expõem mais ao sol no dia a dia, como rosto, pescoço, ombros e costas.
O CBC tem esse nome pois se dá nas células basais, localizadas na profundidade da epiderme. Com o aspecto de uma ferida avermelhada em que pode haver sangramento, remete a lesões não relacionadas a câncer, tais quais psoríase e eczema.
Já o carcinoma espinocelular, CEC, é o segundo mais comum, principalmente em homens, em comparação a pacientes mulheres. Também chamado de carcinoma de célula escamosa, decorre de exposição ao sol em excesso, sem proteção, além de estar relacionado a feridas crônicas, cicatrizes e a situações em que há exposição a agentes químicos e à radiação.
Indivíduos que realizam bronzeamento artificial também correm mais risco de ter câncer futuramente, além da existência de predisposição genética que pode facilitar o surgimento de um quadro cancerígeno.
Melanoma
Reconhecido como o câncer de pele mais grave, a lesão do melanoma é bastante escura e lembra uma pinta ou sinal que se destaca na pele, em tons próximos ao castanho. Sua agressividade comumente torna necessário o tratamento com quimioterapia e radioterapia a fim de eliminar as células cancerígenas e reduzir os riscos de metástase, quando a doença se espalha pelo corpo.
Quais são os sintomas
Em casos de carcinomas, as feridas podem lembrar verrugas, mas aumentadas. Úlceras que causam dor, pequenas lesões que crescem rapidamente e não se curam, machucados que causam coceira e secretam líquido devem passar por análise de um dermatologista.
Além disso, é importante ter atenção a sinais nas costas e atrás das orelhas, bem como a quaisquer feridas que demorarem mais de um mês para cicatrizar.
Em se tratando de melanoma, a lesão escura pode surgir no rosto, no pescoço, nas pernas, no tronco. Costuma causar bastante coceira e descamação da pele. A preocupação deve surgir quando marcas tidas ao longo de toda a vida começam a se modificar ou quando passam a surgir feridas nelas.
Há, entretanto, casos em que sinais com alterações na pele podem ser removidos de forma cirúrgica a fim de evitar que evoluam para um quadro de câncer.
Embora seja mais comum em pacientes com envelhecimento avançado, não é necessário ser idoso para desenvolver um caso da doença.
Diagnóstico do câncer de pele
Para identificar se a ferida realmente se trata de uma lesão cancerígena, o dermatologista ou oncologista da clínica médica analisa seus aspectos por meio de exame ABCDE, sigla cujas letras representam: assimetria, bordas com irregularidade, cor, diâmetro e evolução.
Dessa forma, ao analisar assimetria da ferida e irregularidade na borda da lesão, por exemplo, o profissional pode solicitar uma biópsia para fechar o diagnóstico e, caso constate um quadro da doença, comece a tratá-la rapidamente.
Como é o tratamento
O tratamento do câncer de pele consiste em intervenção para retirada do tumor e de células cancerígenas. Em alguns casos, a depender do grau de lesão, podem também ser necessárias quimioterapia e radioterapia.
Nos carcinomas, há diferentes tipos de tratamento, sendo eles:
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cirurgia para remoção simples: procedimento em que o profissional tira a parte com células cancerígenas e também um pouco da pele saudável ao redor.
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cirurgia micrográfica de Mohs: muito utilizada para feridas de rosto. Por ser mais minuciosa, evita perda de tecido saudável e não deixa cicatrizes notáveis no paciente.
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criocirurgia: nela, congela-se a lesão, bem delimitada, para combater células malignas.
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eletrocuretagem ou curetagem e eletrodissecção: remove-se o tumor por meio de raspagem com cureta e se aplica corrente elétrica no local a fim de estancar o sangramento e remover células cancerígenas.
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terapia fotodinâmica: especialmente recomendada a casos que se manifestam na face e no couro cabeludo. Aplica-se ácido 5-aminolevulínico nas lesões e, no dia seguinte, luz forte no local a fim de remover células cancerígenas.
Em casos de melanoma, além da remoção do tumor, recorre-se a quimioterapia, radioterapia e terapia biológica, que consiste em dar forças ao sistema imunológico do paciente para que também possa combater as células de câncer.
Embora seja mais grave, quando o melanoma é detectado precocemente, há altas chances de cura.
Qual é a melhor forma de se prevenir do câncer de pele
Para se prevenir do câncer de pele, a principal recomendação é controlar e evitar a exposição aos raios ultravioleta (UV). Assim, deve-se usar protetor solar diariamente, repassando-o a cada duas horas.
No verão e na primavera, especialmente, em que há maior exposição solar, é indicado se expor ao sol durante o período máximo de duas horas. Se possível, antes das 8:00 e após as 16:00.
Outros cuidados importantes são utilizar chapéus, óculos de sol e roupas com proteção FPS, ainda mais desejáveis quando for praticar atividades ao ar livre, como corrida e natação. Em todos os casos de câncer, ademais, uma boa alimentação e a prática regular de exercícios, como combate ao sedentarismo, podem minimizar as probabilidades de tê-los.
Se quiser se prevenir, procure também fazer uma avaliação de risco com dermatologista e entenda com ele todos os cuidados que devem ser importantes para seu tipo de pele.
Embora seja uma doença capaz de preocupar muitas pessoas, o câncer de pele pode ser prevenido e, quando não o for, tratado com sucesso se descoberto de modo precoce. Pensando nisso, consulte-se regularmente com um médico de sua confiança e tenha certeza de tomar todos os cuidados necessários com sua saúde para ter mais bem-estar e qualidade de vida.
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