Câncer de ovário: conheça os sintomas, causas e tratamentos
Existem diversos tipos de câncer, dentre eles o de ovário. Essa enfermidade é caracterizada pelo desenvolvimento de um tecido doente em um ou nos dois ovários — órgãos femininos com a função de produção dos óvulos e hormônios sexuais (progesterona e estrogênio).
O câncer de ovário é mais comum em mulheres acima de 50 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. Pensando nisso, criamos este post para explicar um pouco mais sobre essa grave doença e seus sintomas, assim como suas causas e tratamentos. Confira!
Quais são os tipos de câncer de ovário existentes?
O câncer de ovário é uma doença cujo tipo de células cancerígenas iniciais determinam a categoria da enfermidade. Existem três tipos de tumores e, a seguir, explicaremos um pouco mais sobre cada um.
- tumores de estroma: esse tipo contém células produtoras de hormônios e tem início no tecido ovariano. Costuma ser diagnosticado em estágio inicial com maior frequência do que os outros tipos. Cerca de 7% dos diagnósticos de tumores ovarianos são de estroma;
- tumores epiteliais: atingem a fina camada de tecido que envolve o lado exterior dos ovários. A maior parte dos tumores são epiteliais, cerca de 90%;
- tumores de células germinativas: tem início nas células produtoras de óvulos. Esse tipo é raro e tende a acometer mulheres mais jovens.
Quais são as causas?
Infelizmente, as causas do câncer de ovário ainda não foram totalmente descobertas. Sabe-se que é proveniente de uma mutação genética que altera as características das células, fazendo com que se multipliquem rapidamente. Assim, elas disseminam-se formando aglomerados conhecidos como tumores.
Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de a mulher vir a ter câncer de ovário. Dentre eles, estão:
- histórico na família;
- início precoce da menstruação, antes dos 12 anos;
- uso contínuo de remédios hormonais;
- gravidez após 35 anos ou ausência de gravidez;
- menopausa após 50 anos.
Quais são os principais sintomas?
Normalmente, o câncer de ovário não apresenta sintomas — especialmente em suas fases iniciais. Mas, como qualquer outra doença, alguns sinais podem apontar que algo está errado com o seu corpo e saúde.
A seguir, apresentamos alguns problemas que podem indicar este tipo de câncer.
- volume do abdômen aumentado;
- dor na pelve ou abdominal;
- rápida sensação de plenitude ou dificuldade para se alimentar;
- problemas urinário, maior frequência ou maior urgência para urinar;
- cansaço frequente;
- intestino preso ou diarreia;
- menstruação irregular;
- sangramento fora do período menstrual;
- dor durante o sexo.
Alguns desses sintomas podem aparecer por causa de outras doenças ou não se manifestar de maneira alguma. Por isso, as visitas regulares ao ginecologista e os exames de prevenção são tão importantes.
Por que é importante diagnosticá-lo em seu estágio inicial?
Independentemente do tipo de doença, a prevenção é sempre o melhor tratamento. No caso do câncer de ovário, o diagnóstico em estágio inicial pode ser fundamental para a cura completa e para garantir mais tempo de vida para a mulher.
Determinados cuidados podem ajudar a descobrir a doença cedo. Abaixo, veja alguns deles.
Faça consultas regulares com o ginecologista
Ir ao ginecologista anualmente é uma das recomendações mais comuns com relação à nossa saúde íntima. Esse acompanhamento é indicado a partir da primeira menstruação, e é ele que pode ajudar a descobrir a doença em seu estágio inicial.
Para isso, procure um especialista ao menos uma vez por ano ou caso sentir algum incômodo anormal. Se tiver algum histórico da doença na família, faça consultas mais regulares — assim, as chances de identificar o câncer na fase inicial é maior.
Faça exames de prevenção
Ao fazer uma consulta com o ginecologista, ele passa diversos exames de prevenção. É comum se sentir incomodada ou sem vontade de realizá-los, mas são essas análises que garantem a saúde do seu corpo ou apontam alguma anomalia.
É com esses exames que o câncer de ovário pode ser descoberto, especialmente em sua fase inicial.
Como é feito o diagnóstico do câncer de ovário?
Os diagnósticos de câncer de ovário podem ser feitos por um ginecologista ou oncologista. Eles são realizados a partir de exame pélvico, conduzido pelo médico no próprio consultório, e exames de imagem. Exames de sangue também podem ser solicitados para ajudar a identificar a presença de células cancerígenas.
Após o diagnóstico, é realizada uma biópsia para identificar o tipo de células presentes (benignas ou malignas) e o tamanho do tumor. É nesse momento que o estágio do câncer é descoberto.
Existem quatro estágios do câncer de ovário — quanto mais avançado, mais difícil é a cura.
- estágio I: é encontrado em um ou nos dois ovários;
- estágio II: espalhou-se para outras partes da pélvis;
- estágio III: espalhou-se para o abdômen;
- estágio IV: é encontrado em outros órgãos fora do abdômen.
Qual é o tratamento para essa doença?
O tratamento para o câncer de ovário é definido após o diagnóstico do tipo de tumor e estágio em que a doença se encontra. No caso do estágio inicial, o tratamento pode ser a retirada das células cancerígenas, além da realização de sessões de quimioterapia e radioterapia para remoção completa das células.
No caso de o câncer não ter se espalhado para outras regiões, é feita a remoção do ovário atingido e da trompa de falópio. Quando há metástase, ou seja, quando o câncer se espalha para outros órgãos, pode ser necessária a remoção de grande parte dos órgãos reprodutores.
Estágios mais avançados têm menor chance de cura e, geralmente, as cirurgias não são recomendadas. Nesses casos, são indicados tratamentos mais agressivos como sessões de quimio e radioterapia, que ajudam a diminuir o tamanho do tumor e a aumentar o tempo de vida do paciente.
Como vimos, o diagnóstico e tratamento do câncer de ovário são realizados por médicos especialistas. Sendo assim, caso tenha suspeita ou sintomas da doença, procure um ginecologista para que os exames necessários sejam realizados.
Agora que você já sabe mais sobre o câncer de ovário, pode começar a prestar mais atenção e a se prevenir, não é mesmo? Para ficar por dentro de mais conteúdos informativos como este, curta a nossa página no Facebook!