Malformação arteriovenosa: entenda causa, sintomas e tratamento
A malformação arteriovenosa (MAV) é uma conexão entre artérias e veias que não possuem sistema capilar usual. Essa condição pode ser identificada como uma anomalia vascular e costuma acontecer em maiores ocorrências no sistema nervoso central, entretanto pode aparecer em qualquer lugar do corpo.
Existem diferentes tipos de malformação arteriovenosa, entre elas incluem o hemangioma infantil que é um tumor benigno que se constitui a partir das células do sangue e conexões entre o vaso de maior calibre e capilares. Podem ser veias e artérias e, em ambos os casos, são conhecidos como malformação arteriovenosa de alto fluxo.
Mas o que de fato é a malformação arteriovenosa? Quais seriam as causas dessa malformação? Existe algum tratamento? Qual especialidade médica devo procurar? A seguir informaremos sobre o assunto, que é pouco conhecido, porém muito importante.
O que é a malformação arteriovenosa?
A malformação arteriovenosa (MAV) é uma doença complexa de se explicar para o paciente que possui essa enfermidade. Para que a explicação se torne mais clara, os médicos costumam usar alguns termos que entenderemos a seguir. Veja:
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o que é uma artéria? Nada mais é do que um vaso sanguíneo que transporta oxigênio para vários órgãos, é um vaso forte, resistente e potente, por isso tem parede muscular que suporta uma pressão sanguínea maior;
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o que é uma veia? Também é um vaso sanguíneo, porém que transporta sangue sem oxigênio para o coração e, por esse motivo, são fininhas e não suportam grandes pressões como a artéria;
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o que são os capilares? São considerados, também, como vasos sanguíneos, mas são pequenos e se localizam dentro do tecido, comunicando uma veia com uma artéria. Têm a função de evitar que o sangue arterial passe para o sangue venoso.
A malformação arteriovenosa mais comum é a de baixo fluxo, em que as conexões anormais se encontram em uma área com baixo fluxo sanguíneo. Assim, o espaço entre elas lentamente enche e esvazia. Outra forma de manifestação da malformação arteriovenosa são as malformações linfáticas que compreendem lesões císticas — incluem os cistos, manchas avermelhadas e abcessos.
No caso da MAV ocorre uma anomalia na comunicação entre uma artéria e uma veia, pois não existe formação de uma rede de capilares que podem amortecer essa função. Assim, a comunicação anormal pode resultar em um estouro da veia, pois, por ser fina, ela não suportará receber o sangue arterial — como dito acima, o sangue arterial é o de maior pressão dentro do corpo. Esse processo é assintomático, porém em alguns casos apresentam sangramentos e resultam em um problema mais sério.
Quais são as causas da malformação arteriovenosa?
A malformação arteriovenosa surge na formação embrionária na maioria das vezes — o desenvolvimento do sistema vascular é anormal. Nesse caso, a origem pode ser genética, visto que, ao formar o embrião, pode ocorrer a herança autossômica dominante, que significa que o indivíduo herdou de um dos seus pais o gene dominante que traz a malformação.
De fato as verdadeiras causas podem surgir no desvio do desenvolvimento vascular normal do embrião ou, até mesmo, na transformação vascular doentia que ocorre depois do nascimento. Entretanto os motivos continuam sendo desconhecidos.
Quais são os sintomas da malformação arteriovenosa?
Geralmente a MAV é uma doença silenciosa que não costuma evidenciar sintomas. Entretanto, existem alguns raros casos em que os sintomas podem aparecer, são eles:
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convulsões;
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dor de cabeça;
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tontura;
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inchaço local;
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prisão de ventre;
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sangramentos.
Como dito acima essa malformação por vezes é assintomática e seus indícios não se manifestam imediatamente nos primeiros anos de vida. Mas evoluem com o passar do tempo e não regridem espontaneamente, criando a necessidade de um tratamento.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, feito por um cardiologista. Geralmente, essas malformações são encontradas em exames de rotina, como os de imagem feitos para investigar outras doenças.
Para indicação correta do tratamento e diagnóstico completo, o cardiologista deve realizar os exames a seguir:
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tomografia — esse exame pode indicar alguma hemorragia cerebral;
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ressonância magnética — é um exame indispensável para o estudo e diagnóstico da malformação arteriovenosa, pois ele pode indicar não somente a lesão, mas, também, aneurismas e/ou sinais de hemorragias recentes ou antigas;
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angiografia — é considerado o exame mais importante. Nele é possível analisar os sinais de perigo da malformação e se existe perigo para uma hemorragia.
Qual o tratamento?
Existem 2 grupos de malformação arteriovenosa, que se classificam em:
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as que sangram, quando o paciente tem hemorragia, AVC (devido a ruptura de arteriovenosa com malformação), aneurisma venoso ou arterial;
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as que apresentam sintomas sem sangramento, somente convulsões, deficiência neurológica, cefaleia e afins.
No grupo das MAV que sangram existem três métodos de tratamento que são utilizados pelos especialistas, podendo ser isolados ou combinados. Entre eles estão a cirurgia, radiocirurgia e embolização endovascular.
Para aquele grupo que não apresenta sangramento os tratamentos são isolados para cada sintoma. Podem ser feitos por terapias, medicamentos e repouso.
Entretanto, para tratar a malformação arteriovenosa, não existe medicamento específico, por isso o tratamento é sintomático. Por exemplo, na crise convulsiva é usado um medicamento anticonvulsivante, diferente para cada crise.
Enquanto na cefaleia é necessário o diagnóstico clínico para saber se ela é decorrente da malformação arteriovenosa ou se não foi causada por nenhuma hemorragia. Assim, é indicado o medicamento adequado para alívio das dores. Nos casos em que houver hemorragia é preciso um cuidado especial, já que pode ser necessário realizar uma cirurgia se o quadro for mais graves. Em ocorrências mais leves, sem risco de vida, apenas é preciso o repouso.
Qual profissional especializado devo procurar?
Para o cuidado completo e certo procure um especialista médico no assunto. Você pode se consultar com um cardiologista e ele te orientará desde o diagnóstico até o tratamento.
O diagnóstico precoce faz toda a diferença na sua saúde, cuide de você, faça exame de rotina anualmente.
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