Dezembro laranja: entenda porque é tão importante

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Verão combina com praia, piscina e piquenique no parque, não é mesmo? Porém, você está ciente dos cuidados que é preciso ter com a exposição ao sol? Foi pensando nisso que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou a campanha dezembro laranja.

Com a iniciativa, a organização pretende chamar a atenção para os riscos de adquirir câncer de pele e conscientizar sobre a importância da prevenção. Dezembro foi o mês escolhido justamente por se tratar da época em que o verão inicia nos países do hemisfério sul.

Neste post, vamos explicar o que é e como surgiu o dezembro laranja, qual o objetivo e as ações realizadas nesse período e como prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de pele. Confira!

O que é e como surgiu o dezembro laranja?

Dezembro laranja é o nome da campanha de conscientização e prevenção sobre o câncer de pele, que tem inspiração no Outubro Rosa e Novembro Azul. A ação criada pela SBD teve início em 2014 e, desde então, ganha cada vez mais adeptos.

Durante esse mês, as pessoas são convidadas a usar roupas de cor laranja e compartilhar informações nas redes sociais com as hashtags #dezembrolaranja e #verãolaranja. Além disso, muitas empresas decoram seus ambientes com o tema para prestar esclarecimentos aos seus funcionários.

É importante destacar que mais da metade dos brasileiros não usa protetor solar no dia a dia — 63%, mais especificamente. Já cerca de 3% não se protege nem quando se expõe mais diretamente ao sol, como em praias ou piscinas. Logo, esse contingente de pessoas é o mais propenso a adquirir câncer de pele.

Quais as ações e o objetivo da iniciativa?

O dezembro laranja envolve uma série de ações gratuitas voltadas ao tema câncer de pele. No último mês do ano, a SBD fornece informativos em parques e praias e distribui filtro solar para que as pessoas possam se proteger da radiação. A organização realiza também a iluminação de monumentos para alertar a população acerca do problema.

Tal iniciativa conta com o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB). Desse modo, nessa mesma época, médicos dermatologistas e voluntários prestam atendimento e consultas, além de oferecer informações a respeito da doença e as formas de prevenção em unidades de saúde espalhadas pelo país.

O principal objetivo do dezembro laranja é conscientizar a população sobre o câncer de pele e os perigos de contraí-lo por causa da exposição desenfreada aos raios ultravioleta sem a devida proteção. Assim, a SBD pretende diminuir o número de casos da doença.

Entre 2018 e 2019, a organização calcula o aparecimento de 165.580 novos casos de câncer de pele do tipo benigno, que se não for cuidado pode ser tornar agressivo. O número é alto, mas representa 10 mil a menos que o biênio anterior. Para reduzir cada vez mais a doença, é preciso investir fortemente na prevenção.

Quais os fatores que propiciam o câncer de pele?

As características físicas, os hábitos diários e o componente genético são fatores que podem aumentar o risco de contrair o câncer de pele. Portanto, quem se enquadra em algum dos tópicos abaixo, deve redobrar o cuidado.

  • cabelos, olhos e pele clara, que fica avermelhada e pouco bronzeada quando exposta ao sol;
  • sardas e um número grande de pintas no corpo;
  • exposição ao sol por um longo período sem o uso de protetor;
  • queimaduras solares com frequência;
  • histórico familiar de câncer de pele.

A maior parte dos casos da doença tem origem na exposição recorrente aos raios solares sem proteção. Logo, é fundamental adotar medidas preventivas, uma vez que o câncer de pele pode não ter cura e, inclusive, levar à morte, a depender do tipo e da extensão.

Não é à toa que a prevenção é um dos principais enfoques do dezembro laranja. A recomendação é evitar o sol entre as 10h e 16h e sempre usar protetor solar. Bonés, chapéus e óculos com proteção ultravioleta também são dispositivos importantes. Por sua vez, o dermatologista deve ser consultado anualmente.

Quais os sintomas da doença?

Os principais sintomas do câncer de pele são os seguintes:

Pintas e sinais

As pintas e os sinais na pele em forma irregular e de cor castanha ou escura e textura elevada são um dos principais indícios da doença. Eles surgem de repente, logo, são fáceis de serem identificados.

Inflamação e vermelhidão

A inflamação em sinais e pintas — e também nas demais partes do corpo — seguida de vermelhidão é motivo para consultar o dermatologista de imediato, pois podem ser decorrentes do câncer de pele do tipo maligno. Tais sintomas causam incômodo e são agravados a cada dia.

Feridas que não saram

Ferimentos costumam cicatrizar em pouco tempo. Portanto, há algo de errado quando isso não ocorre ou as feridas não fecham por completo. Esse também é um sintoma da doença que, em muitos casos, pode ser agressiva.

Alteração nos sinais

As mudanças de tamanho, forma e coloração em sinais e marcas no decorrer do tempo requerem atenção, pois também são comuns em pessoas com câncer de pele. Se isso acontecer, a recomendação é procurar o médico imediatamente.

Quais as formas de tratamento?

Existe mais de um método para tratar o câncer de pele, os quais envolvem desde o uso de medicamentos tópicos imunoterápicos a cirurgias, a depender do tipo e da extensão da doença.

Os tumores malignos podem requerer a quimioterapia e a radioterapia após a cirúrgica. Já os demais podem ser tratados com diferentes técnicas médicas. Conheça quais são elas!

Cirurgia para remoção simples

Nessa técnica, o médico decide pela retirada do tumor e, por questões de segurança, de uma camada de pele saudável com o emprego de bisturi.

Criocirurgia

Sem cortes ou sangramentos, a criocirurgia destrói o tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido. O método é recomendado em casos de tumores pequenos ou frequentes.

Curetagem e eletrocauterização

Trata-se de uma prática médica simples que usa um instrumento chamado cureta para raspar a lesão ao mesmo tempo em que um bisturi eletrônico elimina as células alteradas pela doença. A recuperação ocorre em aproximadamente duas semanas, mas o paciente pode voltar às atividades no mesmo dia.

Cirurgia micrográfica de Mohs

Nesse método, o câncer é eliminado em etapas, até que não haja indícios de células cancerígenas. A cirurgia é indicada em regiões sensíveis ou nas situações em que a área do tumor não pode ser delimitada com precisão.

Terapia fotodinâmica

A prática consiste na aplicação de substância fotossensibilizante na pele ou via oral. Ela interage com as células alteradas, que são destruídas após serem expostas à iluminação intensa.

Sem dúvida, a melhor maneira de evitar o câncer de pele é por meio da prevenção. Aliás, foi para impedir novos casos da doença que surgiu a campanha dezembro laranja. Portanto, além dos cuidados necessários, a visita ao médico anual ou a qualquer sintoma do problema é fundamental para o diagnóstico precoce e o sucesso do tratamento.

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